Tão Forte Quanto O Amor: A Traição Que Mudou Tudo em "The Bold Type"

Quando a traição destrói tudo o que foi construído.

Estou assistindo à série The Bold Type pela segunda vez. Quando comecei pela primeira vez, a quinta e última temporada estava sendo lançada, ou seja, a série estava no auge. Eu me encantei de imediato; toda a narrativa tem a ver com coisas que amo consumir.

Acompanhar as protagonistas, Jane, Kat e Sutton, é uma delícia. Caso tenha interesse em assistir, sugiro que não continue lendo este post, porque o que vem pela frente é spoiler... e dos grandes! Feche esse texto, assista à série até o final da quarta temporada (o spoiler que vou dar acontece no penúltimo episódio dessa temporada) e depois volte aqui para ficar indignada junto comigo.

Se tem uma coisa que eu odeio, é traição! Eu posso ser apaixonada por um livro, filme ou casal, mas se houver traição, perde toda a magia. Não é algo que eu passe pano. Traiu? Tchau e bença. Certo, e o que isso tem a ver com a série? Bom, a maravilhosa Jane, escritora da revista Scarlet, estava em um relacionamento com Ryan, ex-escritor da revista Pinstripe e, atualmente, autor de um livro que começou a fazer sucesso, levando-o a uma turnê. Eles tinham um relacionamento lindo. Não sei se porque a Jane sempre foi minha personagem preferida, mas eu sempre me importei com os rumos que a protagonista tomava.

A questão é que Jane estava em um relacionamento bom e saudável com o médico Ben, um cara incrível. Durante esse relacionamento, Jane enfrentou alguns problemas pessoais e Ryan, como amigo, sempre procurou estar ao lado dela. Daí, o lindo do Ryan foi até a casa dela, se declarou e disse que gostava dela, fazendo com que ela tivesse que escolher entre Ben e ele.

Freeform/Jonathan Wenk) DAN JEANNOTTE, KATIE STEVENS. Courtesy of Freeform

Bom, cá entre nós, eu sempre achei que ela combinava super com Ryan e queria muito que esse casal acontecesse. Quando ela escolheu terminar com Ben e se entregar ao Pinstripe, eu pensei: "Ai que tudo!" Durante alguns episódios, vimos o relacionamento se desenvolver. Mesmo diante dos problemas pessoais de Jane, Ryan se manteve ao lado dela, foi o namorado dos sonhos, daqueles que você sonha em encontrar na vida, sabe?

MAAAAAS, como algumas coisas nessa vida, os roteiristas precisaram destruir meu casal preferido. E usando qual motivo? Isso mesmo: traição!

Enquanto Ryan estava na turnê do livro, em uma noite ele bebeu demais e acabou ficando com outra garota. Depois disso, ele ligou para Jane repetindo que sentia falta dela e falando coisas sem sentido. Jane desconfiou, mas não ao ponto de surtar. Antes desse acontecimento, ele havia dado uma entrevista dizendo que sentia falta da antiga vida, antes do relacionamento sério, quando saía para as noitadas e sempre terminava com alguém diferente. No dia seguinte à traição, na festa da Kat, ele apareceu para fazer uma surpresa para Jane e acabou confessando que havia beijado outra mulher, alegando estar muito bêbado. A culpa sempre é da bebida, não é? Mas, depois, descobre-se que foi muito além de um beijo...

Eu não consegui superar esse rumo da história na primeira vez que vi a série e sigo sem acreditar e aceitar nessa segunda vez que estou assistindo. Ver a cena e me colocar no lugar dela dói demais. Que dor horrível ver a pessoa que disse te amar tantas vezes, que cuidou de você quando você mais precisou, que fez tudo o que podia para te ver bem... te trair! Eu não consigo entender. Uma noite que destrói uma história inteira. Uma história que estava escrita e que ainda poderia ser escrita. Muito triste.

E aqui entra a minha reflexão. A traição, seja na ficção ou na vida real, é um daqueles acontecimentos que nos forçam a encarar o que realmente importa em um relacionamento: confiança. Sem ela, o amor, por mais intenso que seja, perde a base. Podemos perdoar, podemos tentar recomeçar, mas algo se quebra.

O que me faz questionar: até que ponto vale a pena acreditar que uma traição foi um deslize? Será que conseguimos continuar uma história sem que esse capítulo nos assombre? Algumas pessoas conseguem reconstruir o relacionamento, outras simplesmente não conseguem olhar para a pessoa traidora sem lembrar da dor que foi causada. Eu sou do time que não consegue esquecer.

E talvez seja por isso que essa cena tenha me marcado tanto. Não importa o quanto Ryan tenha se arrependido, o quanto tenha tentado consertar as coisas – ele escolheu jogar tudo fora por um momento impulsivo. E não importa se é ficção, porque a verdade é que vemos isso acontecer o tempo todo ao nosso redor. O amor pode ser forte, mas a traição sempre nos obriga a encarar a realidade: o amor, por si só, não basta. Trair alguém é uma escolha.

E você? O que faria no lugar de Jane? Daria uma segunda chance ou seguiria em frente sem olhar para trás? Me conta nos comentários!